Ser ou não ser workaholic, eis a questão!

Ser ou não ser workaholic, eis a questão!

Juro que eu tento fazer minha cabeça quase todos os dias com uma pregação interna de mim para mim mesma, tentando me convencer que eu não devo, não quero e não serei (mais) workaholic. Mas, cara, é difícil!

Os que são viciados em trabalho, que amam o que fazem e que fazem da sua identidade algo ligado ao que desempenham, a sua labuta diária, entendem o que quero dizer. 
É difícil gente, é uma luta interna entre bem-estar, equilíbrio e esse estresse que vicia, que dá retorno, que gera sorrisos e elogios. Êta vício!!

Mas hoje eu me pergunto, se o vício é em trabalho mesmo ou é na sensaçãozinha gostosa de realização que vem logo depois de um certo grau de estresse. 
Porque vamos ser sinceros: workaholics são necessariamente estressados. É ou não é? 

E estresse é bom para motivar, mas a linha é tênue entre o que tiramos de bom e o próximo passo que pode ser aquela sensação constante de sono e descanso atrasados, cabeça sem parar um segundo, alimentação desregulada, exercícios físicos fora da prioridade do dia...mas ainda sim, paralelo a isso tudo, a realização e a energia estão lá, firmes e fortes. Pelo menos até a máquina começar a dar sinais de erro :(

Bom, só sei de uma coisa, sou workaholic com orgulho (um orgulho já ferido), mas não quero ser, não quero isso para mim todos os dias da minha vida, mas tudo bem aceito fases momentâneas ;). 



Acho que ser viciada em qualquer coisa, não aproxima ninguém do equilíbrio que tanto buscamos - ou desejamos - para as nossa vidas. 

E ser viciada em algo extremamente reforçado pela sociedade, é um perigo. 
Você cai na pegadinha que o seu valor como pessoa é o seu valor como trabalhador (o que você faz, qual a relevância disso, quanto você ganha). E como isso é cruel...

Pior ainda, é com o passar dos anos, cair a ficha que você é ótima no seu trabalho...
Mas você conhece poucos lugares da sua cidade, do seu país, do mundo...
Que você não tem nenhuma ou quase nenhuma outra habilidade além daquelas usadas para o trabalho...
Que daquelas coisas simples que você queria aprender a fazer no dia a dia, então, quase nenhuma aconteceu ainda...

Tudo por conta desse ciclo viciosamente interessante de trabalho-estresse-realização-e a tão maravilhosa recompensa.

Mas, deixa comigo, passo a passo eu chego lá! Muitos nós para desamarrar, muitos valores a flexibilizar...



"...E desaprendeu
A caminhar no céu
E foi o princípio do fim..."




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